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Mentes Crescentes: mudando histórias, impactando vidas

Postado em 21/06/2024

Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda! É o que disse Raffi Cavoukian, fundador do Centre for Child Honouring do Canadá no documentário “O Começo da Vida”. O impacto da mudança na infância pode ser também muito significativo na adolescência. Mudar e transformar são verbos fortes que podem imprimir um novo futuro para vidas que estão começando a desabrochar. 

O Projeto Mentes Crescentes, desenvolvido pela Associação Lêda Mascarenhas de Queiroz desde 2018, planta sementes para mudanças e elas estão acontecendo. Por meio de aulas gratuitas de inglês para adolescentes que residem em áreas de vulnerabilidade social, pequenas transformações geram explosões de alegria.

Foi na Zona Noroeste em Santos que duas sementes germinaram há quatro anos. Yasmin Rocha e Geovanna Vitória da Silva se inscreveram no primeiro módulo do curso. O tempo passou e as histórias mudaram. Atualmente elas estão em níveis avançados, aproveitando a bolsa de estudos da Lêda no CNA, uma das maiores e mais tradicionais redes de escola de idiomas do Brasil. 

"Foi uma surpresa pra mim poder avançar no curso porque não imaginava a possibilidade de ter uma bolsa em uma outra escola. Fiquei feliz por ter essa oportunidade, principalmente porque o inglês é muito importante hoje em dia na vida profissional. Quando entrei no projeto da Lêda eu estava no ensino médio. Desde então muitas coisas mudaram. Hoje faço faculdade, curso Psicologia, tenho como objetivo fazer mestrado e quem sabe até doutorado e o inglês é muito importante", conta Yasmin sonhando com mais mudanças.

A futura psicóloga lembra das primeiras aulas e do método baseado em histórias. "Quando entrei no curso da Lêda, com a professora Beatriz, eu tinha uma ideia limitada do inglês, que não passava do verbo to be. Depois comecei a entender mais coisas e quando avancei no CNA, senti mais diferença ainda. No começo confesso que senti receio. Eu estava tendo aulas na sede de uma sociedade de melhoramentos de bairro e acabei indo para uma escola privada, de uma rede nacional. Sempre estudei em escola pública e nunca tinha acesso a esses cursos pagos. Não tenho noção de custos, mas sei que não é barato. Então fiquei meio deslocada e não tinha contato com a instituição de ensino privado. Mas foi mais ansiedade minha, porque depois foi bem legal a interação com os alunos e nem houve e não enfrentei nenhuma exclusão."

Yasmin fala de seus desafios pessoais no aprendizado, principalmente quando foi diagnosticada com TDAH, transtorno que prejudicava a leitura da legenda de filmes. Quando entrou no inglês passou a se forçar para prestar mais atenção e hoje está mais focada. 
"Já consigo ver séries, documentários e filmes em inglês e às vezes sem precisar da legenda. E estou melhorando a cada dia, observando gírias e gramática. No começo senti uma mudança com novos livros didáticos e sistema no CNA, mas fui superando e me acostumando com a nova didática. Estou em um nível mais avançado e nas aulas falamos só o inglês", conta orgulhosa da superação.

E desafios aparecem todos os dias. Segundo Yasmin, a faculdade incentiva bastante a pesquisa científica, área que aprecia. Assim, resolveu escrever um artigo e, como parte da formatação, fez o resumo obrigatório em inglês. "Eu escrevi e pedi a um professor se podia corrigir e dar uma opinião. Fiquei muito contente com o retorno, pois praticamente não havia erros, apenas mudança de termos mais adequados ao campo científico. Me senti muito bem com isso e sei que se eu não tivesse tido essa oportunidade da bolsa e o curso da Lêda com a professora Beatriz, certeza que eu não conseguiria."

Assim como Yasmin, Geovanna enfrentou o medo da transição do curso para um nível mais avançado. "Eu tinha medo de errar, mas os professores foram bem legais nesse processo e ajudavam. Com o curso da Lêda fui adiante e no CNA aprendi mais gramática, formas de me expressar e agora consigo falar melhor, sem receio de errar vocabulário porque sei outras formas de substituir o que desejo comunicar", avalia Geovanna.

Para ela, as mudanças foram grandes, mas sempre pôde contar com o apoio da avó e da mãe para ter constância em estudar. "Hoje consigo traduzir na cabeça sem o recurso dos tradutores automáticos, consigo entender séries, músicas e filmes sem precisar recorrer toda hora ao dicionário. Consigo falar mais e sei que isso vai impactar bastante na faculdade que escolhi para cursar, que é Comércio Exterior", completa.

A origem da história e de sonhos

A ideia do Projeto Mentes Crescentes nasceu de uma demanda dos alunos e alunas que integravam outro projeto desenvolvido pela Associação Lêda, o "Meu Ambiente". Na época, conta a vice-presidente da Lêda Adriana Jandelli Gimenes, a entidade estava finalizando uma parceria de cerca de três anos com a escola localizada na Zona Noroeste, onde o Mentes Crescentes era desenvolvido. 

"A finalização do projeto foi um desalento para todos, mas o comprometimento dos participantes era tão envolvente que reunimos o grupo para ouvir as demandas. Os alunos pediram, então, que fosse desenvolvido um projeto de ensino que lhes auxiliasse no ingresso no mercado de trabalho. Assim, apresentamos a proposta de curso de inglês ou espanhol e eles optaram pelo primeiro", lembra Adriana.

Rapidamente a Associação foi em busca de um professor e fez contato para estabelecer um local próximo à escola para que as aulas fossem ministradas. "Encontramos o Guilherme Grunthal, então aluno de pós-graduação, que prontamente não só se voluntariou a participar, mas estruturou pedagogicamente o curso e criou o nome do projeto. Nasceu, assim, no início de 2018, o Mentes Crescentes.

Logo em seguida, a Associação Lêda firmou parceria com a Sociedade de Melhoramentos do Jardim Bom Retiro, que cedeu um espaço, e prosseguiu para finalizar o projeto pedagógico, adquirir material didático e estruturar a sala de aula. As inscrições foram abertas, concedendo vagas para alunos vindos do projeto Meu Ambiente e para moradores do entorno da Sociedade de Melhoramentos. Fixando as aulas aos sábados, formou-se o grupo de 15 alunos. 

"Geovanna e Yasmim foram admitidas nessa turma, a primeira vinda do grupo do Meu Ambiente e a segunda em vaga aberta para a comunidade. Percebemos o envolvimento imediato dos alunos e alunas, especialmente a conexão com o professor Guilherme. As dificuldades eram inúmeras no aprendizado da língua inglesa, mas foram sendo vencidas e, em meados de junho de 2018 o professor Guilherme recebeu oportunidade de estudar no Canadá e escolheu a professora Beatriz, que a partir de julho de 2018 passou a conduzir o projeto, com a mesma dedicação", detalha a vice-presidente da Lêda.

Uma pandemia no meio do caminho

O Projeto Mentes Crescentes caminhava a passos largos quando surgiu a Pandemia de COVID-19. O momento era preocupante e as aulas aos sábados acabaram sendo suspensas. Na época, a saída foi manter exercícios para alunos fazerem em casa. A retomada presencial só veio em setembro de 2020, com todas as cautelas exigidas.

Foi desafiador, mas a finalização do curso aconteceu em dezembro de 2020, certificando os participantes com conhecimento do inglês em nível intermediário e já apontando destaque no aproveitamento das alunas Geovanna e Yasmim. Dessa maneira foram ofertadas bolsas de estudo integrais no CNA, patrocinadas pela Associação. "A escola realizou teste para ingresso e as duas foram direcionadas ao nível Intermediário 2, o que muito nos honrou. Ambas abraçaram a oportunidade de forma exemplar e são dedicadas, persistentes e sempre muito assíduas, conclui Adriana.
 
Para a vice-presidente da Associação Lêda, Geovanna e Yasmin são exemplos de que o investimento na educação rende sempre bons frutos. 

 

  • Compete ao poder público<br> garantir a dignidade da<br> pessoa com deficiência ao<br> longo de toda a vida.
  • É proibido qualquer trabalho<br> a menores de 16 anos de<br> idade, salvo na condição de aprendiz.
  • A criança e o adolescente têm<br> assegurado acesso à escola pública<br> e gratuita próxima de sua residência.
  • Toda criança tem direito a<br> ser protegida contra o<br> abandono e a exploração<br> no trabalho.
  • É vedada a discriminação do idoso<br> nos planos de saúde pela<br> cobrança de valores diferenciados<br> em razão da idade.
  • A violência doméstica e familiar<br> contra a mulher constitui uma das<br> formas de violação dos direitos humanos.
  • Ao idoso internado ou em<br> observação é assegurado o<br> direito a acompanhante.
  • A Lei nº 11.438/06 estabelece<br> benefícios fiscais para estímulo<br> ao desenvolvimento do esporte.
  • É obrigação do Estado<br> garantir à pessoa idosa a<br> proteção à vida e à saúde.
  • O Estado protegerá as manifestações<br> das culturas populares, indígenas<br> e afro-brasileiras.
  • É vedada a aplicação nos casos<br> de violência doméstica contra<br> a mulher penas de cesta básica.
  • O Poder Público apoiará a<br> criação de universidade aberta<br> para as pessoas idosas.
  • O adotante precisa ser pelo<br> menos dezesseis anos mais<br> velho do que o adotando.

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